segunda-feira, 17 de julho de 2017

É por entre estas paredes
Onde escrevo o que me digo
Que habito nas horas mortas
E me refugio em silêncio
Das exigentes rotinas de vencedores
Das expectativas a viris respostas
Do confronto em esforço com a dúvida
Da carência de quem mal se conhece
Fecho-me neste berço de poesia,
Onde atentamente tudo em mim observo
Rendido ao incentivo da procura
Na solidão que me conforta ao (re)encontro
Do que fui desde sempre
E não me lembro
Até onde por fim me completarei
Mesmo que esteja longe desse entendimento

Em misterioso labirinto
Estimulado pelo desejo de liberdade
A vencer-me no preconceito
A lutar contra todos os medos do medo
E a provocar a escrita ao movimento
E a protegê-la de maus olhares
Para que em brincadeiras de palavras
Me construa à vontade nos degraus
Do que me eleva
E provoca emoções
E me dá sentido
E haja quem me queira
Tão somente
Pelas palavras
E se sirva de minhas palavras
Se delas souberem mais de si
E de como brincar
Assim comigo
Para que se seja poesia
Para além de qualquer palavra
E mais do que poeta

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