segunda-feira, 17 de julho de 2017

Ancoro-me aos teus desejos
Defendido de naufrágio
Sem leme aos sonhos
Nem velas de coragem
Puxado à força de preia-mar
Nascem-me asas no dorso
Ao fogo de em ti livremente ter poiso
E ser-te igual em confiança
Na serena brisa de qualquer entardecer
Ungido pela doçura dos néctares
Perfumado pelas fragrâncias
Das primaveras prometidas
Debruço-me no regaço do teu sorriso
E leio-te nos gestos poemas
Em chamas de rimas
De amor em flor
De vida a transbordar as margens
Aos rios da tua voluptuosidade
Exploro os mistérios sagrados do universo
No terno e eterno brilho
Do teu complacente olhar
Que sejam teus braços
Um xaile sem penas
Para me reconfortar
E proteger dos medos
E que do teu corpo
Se abra a porta do meu fortalecido ser
Até crescer manhã
Sem que nunca se faça tarde
E possa eu
Marinheiro
Fazer-me de novo ao mar

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