terça-feira, 29 de agosto de 2017

Precisei de um pai
e o pai fui eu.
De uma mãe 
e a mãe também fui eu.
De quem me amasse
e nunca houvera vagar.
E poucos foram
os que me souberam
transmitir a Verdade
e reconhecer.
Precisei de mim
e nunca lá estive.
Cresci depressa demais,
sem que tenha dado conta disso,
por entre tantos
que se fingiram aparentar comigo,
porque não sabia
nunca o que me ser.

E onde moro eu
em minhas crias;
nos que me chamam de pai
e outros que nem conheço?...
Hoje, tudo se deseja esquecer.
Que o tempo mate
o que marcou a ferros o corpo,
quando jamais, se apagará na eternidade,
o que foi, na alma, desde o início, revelado.

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