segunda-feira, 17 de julho de 2017

Soletra-me por entre os teus lábios
E pressente-me aqui nestes versos que te escrevi
Quando te adivinhava à minha procura
Mesmo não te vendo o rosto
Sentia-me já no pulsar de teu coração
Como se vibrássemos ao ritmo do universo
E nos sentíssemos tão perto um do outro
E tudo fosse tão grandioso e belo.
E por cada palavra que declames aí bem dentro de ti
É como se me inventasses como tu
E te sentisses eu
E surgisse a dúvida de quem escreve ou lê e ouve
E eu me perdesse em ti
Por entre tantos pensamentos
E tu te achasses em mim
Por o que desejei e tudo o que te dediquei
E eu e tu fossemos todos os outros que se escrevem ou falam
E desejam o amor mesmo sem que o saibam descrever
Ou ler verbalizar
E continua a ler-me
Não páres
Continua por amor e pela poesia
Mesmo que tudo não passe de mais um capricho.

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