domingo, 20 de agosto de 2017

Estamos mortos
Resta-nos apenas saber a hora exacta do óbito

Ainda há quem engane o tempo
Fingindo-se feliz
Num deslumbramento de artifícios
Ignorando a dor de seus irmãos
Como se nada lhe fossem
Não os conhecesse
Fosse filho único
Ou tivesse somente aquela velha família
A habitual a que lhe convém
Para assim se escapulir
De se ver ao grande espelho
E observar mais além do que reflecte
Com apenas um olhar súbito
Ainda há quem tenha posses
E crê ser rico
E vista a persona que mais impressione
E seja aquele generoso com intuito de provento
E se venda às ilusões
Dos que se fazem de poderosos
E humilham os que tudo têm mas de seu
Real e pura essência
Ainda há quem se falseie de vivo
Por entre tanto desalmamento
Com coração empedernido
Não fazendo esforço para reflexionar
Como se o seu umbigo fosse o centro de um qualquer universo
E a sua jovialidade e beleza permanecessem eternas
E houvessem deuses apenas para o servir
O que nos poderá fazer acordar desta Morte
Senão o conhecimento do Amor
Só há uma condição para a existência
Aceita com matura alegria
Não com risos que encubram tristezas
A superficialidade dos tolos que se quebram todos os dias como heróis
Cada um só será ele mesmo
Quando sentir os seus todos do Todo
E por Ele for

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