domingo, 20 de agosto de 2017

A valorização crítica
e excessiva,
que deposito na envolvência íntima dos afectos,
não será somente projecção de meus medos
pelo indecifrável de minhas inseguranças,
mas talvez do meu incontrolável (ego)ísmo,
na incapacidade de assumir as cotas de minha culpa.

E a introjecção
assimilada de outrem
supostamente por bem-querer.
Eu tenho a chave,
que me pode destrancar
e fazer sair da cela deste meu orgulho,
da solidão,
e ser eu,
mesmo que ainda só.
Difícil será acertar na ranhura
deste ferrugento
e desusado cadeado.
Tentarei
as vidas que forem precisas.
Em liberdade,
poderei sempre cair
nas armadilhas idílicas e contraditórias,
do que me fará crescer,
do grande oceano dos afectos
e afundar-me de paixão.
Mas virei sempre ao de cima,
pronto para dar braçadas,
separando águas,
até pisar terra.

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