domingo, 20 de agosto de 2017

Não consigo pressentir,
a grandeza de tudo o que existe
e vai para além de mim
até ao infinito,
(endoideço de pensar),
nem imaginar,
o quanto ainda desconheço,
enquanto houver aldeia que me
habite
e prenda as vistas,
e a alma,
esconda a outros horizontes,
nunca contemplados
e seja surpreendido pelo inevitável,
e iniba de ser mundo
e Eu.
O caminho
nunca se constrói de certezas;
mas de imprevistos
e resoluções.
E há a desmedida ambição,
as (in)verdades da sobrevivência
e indissolúveis (des)culpas.
E basta que o galo
cacareje apenas uma vez,
e depois de tudo,
para que se ponha fim
à noite,
e se queira escutar
a luz
e ser manhã.

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