domingo, 20 de agosto de 2017

Se me sofistico
e afasto
das raízes,
perder-me-ei
por ambição
ao que não tem fim
e serei escravo
do que nunca quis,
mas desejei...
Se me sofistico
esquecer-me-ei,
entre muitas coisas,
de que ainda hoje se morre
por não se ter o essencial,
e cairei no fosso
da (in)satisfação
pelo inexequível...
Se me sofistico,
morrerei por me (des)iludir
ou acabarei, sozinho,
como um qualquer deus,
supostamente
(i)mortal.
E louco!...
A colheita
dignifica-me,
desde a sementeira
e tenho tanta gente
a querer-me bem,
ao natural.

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