sexta-feira, 21 de julho de 2017

Cedo interiorizei os sons bronze,
Que ecoavam a cada hora,
De um templo de Deus e de santos,
Em terras cobertas pelo ouro do trigo,
Pertença antiga de guerreiros monges,
Que se cruzavam nos caminhos de Sant`Iago.
Sinos, gargantas de majestosas e altas torres,
Lembrando o tempo e a conversão aos actos de fé,
Ao invisível e omnipresente Espírito Santo,
De onde se avistavam faluas e fragatas
Desaguando o braço do Tejo,
Com lemes versáteis de vontades.
Continuam as badaladas a marcar o ritmo
Das vidas num monte-rijo
Perdido de memórias
E nas esperanças de uma galega.
E eu na praça,
Procurando o entendimento
Do intervalo entre o primeiro dia e hoje.
Somente este velho monumento evoluiu,
Conservando a luminosidade rica do corpo inicial.

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