domingo, 20 de agosto de 2017

Desejo a todo o momento
que se quebre o silêncio.
Procuro em todos os sons
a cura para a minha surdez.
Louco por nada ouvir,
e me ser tonalmente descrito,
crio a melodia da solidão
num ritmo incerto de tempo,
em acordes de dor e medo.
Difícil será ouvir
com a mesma vontade.
Ensaio na razão
o barulho, que me liberte
dos recalcados ressentimentos.

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