domingo, 20 de agosto de 2017

Foste rio correndo
pelo vale dos meus sentidos,
tocando e preenchendo
minhas margens,
arrastando na corrente
minhas mágoas,
onde eu matava a sede
nesse leito maior da tua essência.

Rodeado pelo horizonte
de tua forma,
sentia a brisa quente
de quem expira com ternura,
sopro que lentamente deslizava pela minha pele
num deleitável e breve encontro...
Eras o Sol do meio-dia
brilhando ao cimo de minha vida.
Não sei porque fugi,
procurando na Sombra a protecção,
refugiando-me alucinadamente
no crepúsculo da tarde,
esquecido de tudo, o que era perdido, de ti.
Acabei por morrer
na noite mais longa de escuridão,
porque nunca mais se fez luz
em qualquer parte de mim.

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