terça-feira, 29 de agosto de 2017

Sou o que esperam que eu seja
e o que tenho de esconder.
Na Sombra da grande árvore,
pesa-me a responsabilidade
de todos os ramos,
até os que tocam o céu.
Pressinto alguns dos caminhos
que me vão nascendo
debaixo dos pés,
sem saber que os meus limites
também são medidos
em anos-luz.
Sonho-me
à surpresa
de descobrir-me;
mas quando retiro a persona,
logo me nasce outra de seguida
sem querer...
Um dia,
desnudar-me-ei
de tudo
o que me pretenda
sustentar
ou me deseje
prender
e acabarei por possuir
uma expressão
adulta de liberdade
e o à vontade
de quando era criança.
Terei sempre uma máscara,
para quem não mereça
ver-me o rosto da alma.

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